aniversário | Koinonia

Querido filho, não se espante com o título, afinal, você pode pensar: “mas nem sou tão grande assim…” é que para nós, e para todos que privam da sua convivência, você tem se mostrado um grande homem, apesar de estar completando apenas dezoito aninhos. É maravilhoso para nós, pais, percebermos que, semelhantemente a Jesus, você dia-a-dia tem crescido em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.

É muito fácil, principalmente para nós, seus pais, falarmos coisas boas a seu respeito. Desde o dia 19 de setembro de 1990 você só tem trazido alegrias à nossa família. Foi assim que nos seus primeiros dias, quando ainda nos encontrávamos dilacerados pela dor da saudade, pela partida da sua vovó Nevinha, alternávamos entre o choro pela perda, e a alegria pelo seu nascimento. Naqueles momentos difíceis, você foi usado por Deus como um bálsamo para amenizar a nossa dor.

As bênçãos de Deus têm sido copiosas em sua vida, não é mesmo, filho? Lembra-se da barra que enfrentamos quando aos seis anos você foi acometido de nefrite? Nunca havíamos escutado sobre essa doença, mas o médico assustava-nos dizendo ser grave e que exigia repouso absoluto. Eta, tarefa difícil, fazer você, o filho mais elétrico, obedecer às prescrições médicas!

Cuca querido, nesse momento, quando você completa a idade que todos reconhecem como sendo a passagem da adolescência para a juventude, queremos que continue sendo eternamente o nosso menino, não obstante, ter nesses anos adquirido uma maturidade precoce e acima da média.

Como pais, às vezes, temos a tendência de querer, à semelhança da galinha, manter os filhotes perto de si, e isso é muito bom, mas para o desenvolvimento pessoal de vocês, filhos, é melhor ser como a águia, que do alto da montanha, arremessa-os para os seus primeiros vôos, mesmo que naquele momento esse gesto traga preocupação e medo.

Somos imensamente gratos a Deus, que nos momentos de encruzilhada nos orientou quanto às decisões a serem tomadas em relação a você, destacadamente quando você optou em ser um atleta, convivendo com os prós e contras dessa escolha. Agora, que você já se tornou um profissional (afinal, já são 4 pontos na ATP), as coisas vão ficando mais claras para nós, mas haja coração! Conviver com as inevitáveis derrotas, com as ausências prolongadas, com os perigos das viagens, ufa, tudo isso maltrata qualquer pai. E o que dizer dos seus momentos de solidão, quando mesmo cercado de muitas pessoas, sente-se carente de amigos, ao ponto de muitas vezes ser levado a querer abandonar tudo para poder estar mais junto daqueles que você ama. Não, não, não! Não desista dos seus sonhos. Lembre-se dos versos do poeta: “Quem acredita sempre alcança!”

Não se entristeça por não estar conosco em mais esse aniversário. Saiba que mesmo afastados, nós estamos aí com você, e você aqui com a gente.

Ouça e reflita sobre essa música “Eu vou seguir”, interpretada pela Marina Elali, ela tem uma mensagem muito bonita e apropriada para qualquer pessoa, principalmente para os atletas, como você.

Beijos dos seus pais, que lhe amam e se orgulham muuuito de você.